É tão estranho.
Quando 'tás à espera e *ela* não aparece.
Quando não 'tás à espera e *ela* aparece.
Quando sabes que ela é *ela* apesar de ainda só a teres visto.
Quando, todo envergonhado lhe vais falar e a conversa até corre bem, apesar de não teres dito nada de jeito.
Quando *ela* gostou de ti sem sequer te teres esforçado.
Quando vão construindo uma história, os dois juntos ao longo de um ano, e em apenas um minuto tudo acaba.
Quando passas mais um ano sem *ela*.
Quando nesse ano que passaste sem *ela*, passaste sempre a pensar *nela*.
Quando nesse ano que passaste a pensar *nela*, passaste também a galar outras.
Quando sabes que as outras nunca vão preencher o vácuo, mas ainda assim vais pá cama com elas.
Quando de repente deixas de *a* ver; tudo fica escuro e não sabes para onde ir, mas sabes onde queres estar, mas não podes.
Quando sentes que o calor de outrora é agora frio.
Quando encontras uma outra pessoa que te ajuda a recuperar, mas que quer mais que amizade e tu sabes que não lhe podes dar isso.
Quando já nem acordas com *ela* ao teu lado, mas que a outra pessoa te vem dar o pequeno-almoço à cama; é bom mas sabes dentro de ti que não é nem nunca vai ser o mesmo.
Quando deitas tudo a perder e fazes com que esta nova pessoa deixe de querer saber de ti, apesar de gostar de ti.
Quando ainda estás a pensar *nela* e então não te importas de te meter em todo o tipo de alhadas, mas nada de mal te acontece.
Quando os melhores momentos da tua vida miserável foram passados ao pé *dela*.
Quando te lembras que esses momentos, tal como *ela*, nunca vão voltar.
Quando te lembras que outrora, num tempo que não vai voltar, *ela* foi tua.
Quando, passado um ano sem a teres visto, finalmente voltas a olhar para *ela*, e nem trocam duas palavras.
Quando a última vez que estiveram juntos foi numa cama, às escuras.
Quando odeias essa pessoa mas mesmo assim pensas *nela*, noite e dia.
Quando a esqueces mas continuas a lembrar-te dela.
Quando a queres esquecer, e lá está a tua mente sempre com *ela* no pensamento.
Quando te lembras do dia de hoje em 2009.
Quando sabes que esse dia foi o pior dia da tua vida, porque marca a data da morte da pessoa que todos conheciam quando olhavam para ti.
Quando mesmo assim insistes em continuar a tentar encontrar um futuro para o passado há muito perdido.
Quando o teu presente 'tá a merda que 'tá porque ainda não esqueceste o passado.
Quando mesmo assim segues em frente, mas olhas para trás.
Quando tentas olhar para frente, mas, como 'tás a olhar para trás, não vês onde pisas e, consequentemente, cais, e cais e cais.
Quando cada uma dessas quedas parece não terminar, nem mesmo quando sentes o teu cu todo estatelado no chão.
Quando quem te ajuda a levantar, hoje, não é a mesma pessoa que te ajudou a levantar ontem.
Quando ontem estavas feliz por seres quem eras e teres quem tinhas e hoje já não seres quem eras nem teres quem tinhas, logo estás triste.
Quando não consegues ultrapassar.
Quando ultrapassas mas sabes que na realidade, não ultrapassaste.
Quando *ela* te olha com desprezo por te ter ultrapassado.
Quando a tua pessoa muda por causa de uma simples mudança na tua vida.
Quando fazes merdas que te arrependes mas que, no fundo, sabes que farias tudo outra vez.
Quando vês que encontraste uma pessoa que gostas o suficiente para encher o vácuo, mas mesmo assim ainda 'tás no ontem.
Quando dás por tudo para que a nova ela olhe para ti, e continuas a tentar, apesar de ela já ter dado a entender -várias vezes- que não olha para ti porque não quer.
Quando a nova ela goza contigo sabendo da tua condição.
Quando lhe dizes que te 'tas completamente a cagar pa ela, quando ambos sabem que não é verdade.
Quando ela parece não ouvir o que lhe dizes, quando lhe dizes que gostas dela, embora que indirectamente.
Quando te passas dos carretos por notares que 'tás com todo o azar do mundo no que toca a assuntos emocionais.
Quando, depois disso tudo, cagas completamente no assunto, apesar de ainda gostares da nova ela.
Quando depois parece ser ela a galar-te, e tu, apesar de ainda gostares dela, não lhe ligares grande coisa.
Quando, ainda assim lhe queres falar sobre ti, mas não queres que ela ouça.
Quando nem ela quer ouvir, mas insistes em querer falar.
Quando, finalmente a deixas de vez porque não gostas assim tanto dela, gostas é *dela*.
Quando *ela* volta à tua vida, desta vez para te rebaixar.
Quando lhe cospes na cara, e logo a seguir tens vontade de a beijar.
Quando lhe viras as costas mas queres que ela te pegue no braço.
Quando finalmente estás livre.
É tão estranho quando agora olhas para trás e vês que nada valeu a pena, e já nada te afecta.
É tão estranho quando me apetece apagar este post mas não o apago...
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
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Estou comovida :'D
ResponderEliminarAdoro-te oh
Inês